PARA
TODOS OS GAROTOS QUE JÁ AMEI
Jenny Han -
Intrínseca - 315 págs.
Por Renata Margaria- Exclusivo para o Literatura de Cabeça- www.literaturadecabeça.com.br
Cada um tem uma maneira de expressar
seus sentimentos. Ou livrar-se deles.
Frustrada!
Essa palavra
me define hoje, em relação a esse livro!
Cadê o fim?
Acho que deveria
já avisar na primeira página CUIDADO: Esse livro tem continuação!
Bom, vamos
lá!
É um livro para adolescentes, mas tem uma narrativa tão
gostosa de ler que acaba agradando a todos que gostam do estilo romance água com açúcar.
Lara Jean é uma adolescente com a mãe coreana e o pai
americano. É como ela mesma faz questão de frisar no livro “um tipo diferente”.
Ela vive com seu pai que é médico e suas duas irmãs: Margot e Kitty. Perderam a
mãe há nove anos.
Lara desde novinha tem o costume de se despedir de seus
“amores” por cartas que nunca enviou. Ficaram guardadas em uma caixa. Era uma
maneira silenciosa de ela expor seus sentimentos e guarda-los no presente que
ela mais gostava: a caixa de chapéu azul
petróleo que ganhou de sua mãe.
Margot é o general da casa, como irmã mais velha cuida das
outras e acaba tendo a responsabilidade de colocar tudo em ordem. Só que é o
ano dela deixar a família e ir para a faculdade. Ela vai estudar na Escócia.
A partir do embarque de Margot a vida de Lara vira de cabeça
pra baixo.
Aquelas cartas, não se
sabe o porquê, foram enviadas aos seus remetentes.
Dai a trama toma forma.
O leitor se pega torcendo por Lara e todas as suas armações
em torno dos garotos que receberam as cartas.
E também de todo seu crescimento.
Da sua saída da adolescência para se tornar adulta, sua
responsabilidade em cuidar de Kitty e ainda administrar todos os problemas do
seu coração e sua reputação.
Tem riso, tem choro e tem emoção na medida certa. A única
tristeza é que tem que esperar a continuação para saber o que vai acontecer.
Recomendo muito como literatura para adolescentes, pois em
várias passagens são abordados temas recorrentes em escolas e situações que
esses passam de verdade. Outro olhar sobre relacionamentos, onde o que está em
destaque é a pureza das relações. Onde mostra um mundo mais “a moda antiga”:
bilhetes, mãos dadas, beijos roubados. Deixando um pouco de lado a “erotização”
da adolescência. Voltando a premissa de que tudo tem seu tempo para acontecer.
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