Deuses de Dois Mundos
O
Livro da Morte De Boa Prosa - 342
págs.
Por
Renata Margaria
www.literaturadecabeca.com.br
Não existe imaginação para
escrever algo novo e não parecer redundante a respeito dessa obra de PJ
Pereira. Tudo que parece poder ser escrito sobre esse livro foi pouco e todo
mundo já falou.
O que pensar a final?
Os dois primeiros livros já são
surpreendentes. O terceiro não consigo descrever, mas tenho que fazer.
PJ Pereira foi simplesmente
FENOMENAL.
Senti uma
dor absurda ao ouvi-lo recitar o prólogo do livro no dia 11 de maio de
2015, na Livraria Cultura em São Paulo e descobrir que ele não estava
brincando. Era o final do livro nas primeiras páginas. Eu estava em choque. Como assim? Não pode!
Não é a regra. Fim é no fim. Não para DDDM 3 e não para PJ.
Sem sombra de dúvidas, foi um dos
livros mais inteligentes que eu já li na vida. E que venham os defensores da
literatura erudita dar o contra. Vamos discutir conteúdo literário sem
problemas.
Mas, aqui seria uma resenha.
Resenhar esse livro não tem graça. Alias, acaba com a graça. Mais fácil fazer
um manual de instrução.
1. Abra
a sua mente. O começo é o final, mas o final não é necessariamente o começo;
2. Leia
até a última página. (última mesmo, aquela que fica antes da contra capa);
3. Atenção
é a palavra de ordem: perdeu uma parte, deixa de entender o livro inteiro;
4. Não
julgue o livro pela capa. Logo você entende o porque.
Vamos lá e rapidamente.
New volta 10 anos depois e o
livro passa contanto tudo o que aconteceu na ordem de publicação de um blog
onde ele e Laroiê(Exu) voltam a se comunicar. E é por esse blog que New relata
todos os acontecimentos. Entenda, o livro segue a ordem do blog, ou seja, da
ultima para a primeira postagem. Aí está o porquê do prologo ser o final do
livro. Final não exatamente.
Enquanto isso no Orum, os Orixás ainda
tentam resolver a disputa a respeito do
Direito Sobre o Destino. E com o decorrer das páginas o leitor acaba conhecendo as peculiaridades de cada Orixá e quem
na verdade é Exu. A disputa entre homens e mulheres, as conversas de Nanã com
Oxalá, as explicações nas entrelinhas mostram nitidamente que é mais que um
livro maduro. É um livro que despe todo o preconceito que existe a respeito de
uma cultura que é muito rica e mal explorada. Plagiando J.J Benitez, em seu
livro “Operação Cavalo de Tróia 1” -
Se o leitor não quiser acreditar em nada do que está escrito aqui, leia o livro
como uma extraordinária ficção. (algo parecido com isso). Na verdade, é uma
ficção com um fundo de verdade ou uma verdade contada na linguagem da ficção.
As inversões de tempo e o entendimento do que
ocorre no mundo daqui e no mundo de lá faz com que o livro passe a ser quase
uma parte integrante do corpo do leitor, cada página é mais um nozinho que
amarra os olhos as letras. Impossível parar de ler até a última página.
O que dizer a respeito?
Não gostaria de esperar muitos
anos para ler PJ Pereira novamente.
Se o autor agradeceu a todos os
seus leitores, nós leitores agradecemos a ele por dedicar seu tempo para o
nosso entretenimento e conhecimento.
Volto em breve!!!
Beijos!!!!!!!!!!!!!!!
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